O início desse ano foi meio conturbado pra mim. Muita coisa rolando na minha vida pessoal, crise existencial por estar no último semestre da faculdade, etc e tal. Mas no último mês, vixe. No último mês eu fui roubada. Um cara me furtou no ônibus no dia 2 de fevereiro, e aprendi cada coisa desde então que resolvi compartilhar com vocês. Vai ser um rolê meio loco, mas vamo lá.
1. Ficar pensando na iminência de uma acontecimento não evita que ele aconteça
Ok, deixa eu explicar esse primeiro ponto: desde criança, eu sempre acreditei que estar preparada para o pior evitava que o pior acontecesse. Eu nunca tinha sido assaltada, mas sempre que saia de casa andava com cautela pra o caso de alguém me abordar na rua. Eu sei, devo ser meio pirada. Mas de certa forma, isso parecia evitar que algo me acontecesse.
Não foi o caso dessa vez, pois mesmo tendo pensado sobre isso instantes antes de acontecer, fui roubada mesmo assim. Nada evitou que o cara tomasse o celular da minha mão e saísse correndo.
Sei que tudo isso que tô falando parece meio louco, mas foi uma lição pra que eu caísse na real e descobrisse que coisas ruins podem acontecer comigo também.
2. Viver no Brasil tá osso
Ter passado por isso não foi só a única coisa que me fez refletir sobre a situação do nosso país, mas sim o fato de além de eu ter sido roubada, vários amigos e familiares passaram pelo mesmo em um curto espaço de tempo. A violência está em todo lugar, seja na capital ou no interior.
Pausa pra história: meu tio lá do interior teve a casa arrombada, sofreu violência e foi roubado por dois caras nesse mesmo mês de fevereiro.
Sério, não é só na TV que estão esses casos e tem sido difícil me sentir bem vivendo aqui, o que tem me levado a pensar cada vez mais em sair do país.
3. Ter celular é o que me impede de ler mais
Ok, vamos falar de algo mais leve mais não menos importante: os meus hábitos de leitura. Faz um tempo que venho percebido que não leio mais como antes. Eu costumava ler um livro por semana de boas quando eu tinha 14-16 anos, mas hoje em dia eu passo meses pra terminar uma história, começo vários livros e não termino e me sentia na merda por não saber o que fazer em relação a isso. Até que fiquei sem celular.
Sabe aquelas horas que você passa mexendo no celular num consultório médico esperando a sua vez de ser atendido? Você poderia estar lendo. A verdade é que eu costumava fazer isso, mas nem me lembro mais. Sempre ando com livros na bolsa, mas quase nunca tirava pra ler. Passar um mês sem celular me fez mudar bastante esse hábito, afinal era a única forma que eu tinha pra passar o tempo.
Sei que parece simples trocar o celular por um livro quando se gosta tanto de ler, mas acontece que muitas vezes esse aparelho se torna um vício, e aquela olhadinha rápida no instagram se transforma em horas com você de olho grudado na telinha. Depois dessa experiência vou tentar me esforçar mais para dedicar meu tempo à leitura.
4. Comprar pela internet é confiável, mas vale a pena pesquisar bastante antes de comprar
Dentro desse mês que passei sem celular cheguei a comprar um aparelho, que devolvi por motivos de: a loja ser uma droga e ter me vendido um celular com lacre violado. Não vou falar sobre a loja aqui por que nem sei se isso é legal, mas posso informar que a compra foi feita numa loja online de grande porte e que possui várias lojas físicas pelo país (inclusive na minha cidade). Consegui resolver a situação e ter meu dinheiro de volta, mas tudo isso foi um transtorno enorme.
Eu sempre fiz minhas compras pela internet de boas (incluindo celulares anteriores, aspirador de pó, máquina de lavar, etc.), mas sempre pelas mesmas lojas que já confiava. Dei uma chance a essa sem ter pesquisado muito e acabou que deu merda. Por isso sugiro que leiam bastante antes de fazer uma compra em uma loja diferente (um ótimo espaço é o Reclame Aqui, onde dá pra se ter uma avaliação legal sobre lojas online).
Acabei comprando o celular que estou agora (o Moto G5s Plus) pela internet novamente, pois ainda acredito que vale a pena. Dessa vez foi no site da Americanas e deu tudo certinho.
5. Se comunicar sem ter um celular é algo bem difícil hoje em dia
Gente vocês não tem noção das situações desesperadoras que passei nesses dias sem celular. Avisos que perdi por terem sido passados só pelo whatsapp, momentos que eu precisava ligar pra alguém e não tinha como... foi tenso! Isso também me fez refletir sobre como somos dependes da tecnologia da comunicação hoje em dia, e ficava imaginando direto como devia ser no passado quando nada disso existia!
Bom pessoal, acho que esse post também serviu pra explicar a minha ausência por aqui, que tem me deixado muito triste. Espero poder voltar a publicar mais no blog! Também espero que tenham gostado de ler essas loucuras que aprendi após passar por esse mês sem celular. Me contem nos comentários se já passaram por alguma situação parecida e como foi!
xoxo
[PS: todas as imagens usadas neste post são livres de direitos autorais via pexels.com]
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