Serão os podcasts o futuro do radialismo?

Talvez alguns de vocês não saibam, mas sou técnica em rádio e televisão. Isso não significa muita coisa, pois nunca trabalhei na área, mas cresci com um pai radialista em uma família que ouve rádio todos os dias. Porém, nunca fui muito fã desse meio de comunicação.
Não me leve a mal, eu acho rádio algo incrível. Adorei a experiência de ter cursado algo relacionado a área, e não nego a importância que esse meio tem no âmbito da comunicação. O rádio tem um alcance que vai além de outras mídias: você pode ouvi-lo no carro enquanto dirige, e obter informação por meio de ondas mais rápidas que a televisão. Porém, é inegável que o público que ouve rádio tem diminuído. Muitas empresas fecharam nos últimos anos, emissoras foram diluídas, e a audiência está cada vez mais baixa. Então surge a pergunta: o radialismo está chegando ao seu fim?


Muita gente botou fé na internet como futuro do rádio. Várias emissoras tem rádios web, algumas transmitem os seus programas no Facebook, etc. Entretanto, ainda assim o alcance não tem sido dos mais grandiosos. Mas algo que tem ganhado força nos últimos dois anos são os Podcasts, e acho interessante ficar de olho neles quando o assunto é radialismo.


Um Podcast é um arquivo de áudio, normalmente gravado num formato de programa, dividido em episódios e disponibilizado na internet. Qualquer pessoa pode criar um podcast. Entretanto, diversas empresas tem se dedicado a essa prática, tendo inclusive grandes emissoras do Brasil como a Folha e a Globo desenvolvido os seus próprios podcasts. Outras empresas, como a Parcast, se dedicam inteiramente à produção desse tipo de conteúdo. 
Para criar um podcast de qualidade, são necessárias algumas habilidades. Habilidades essas que um radialista costuma ter. O podcast não é restrito a esse tipo de profissional, entretanto é um campo para a profissão: afinal, sua produção demanda conhecimento sobre gravação e edição de áudio, produção de texto, etc. 
Como radialista de formação, vejo o podcast como uma possibilidade. Possibilidade não apenas de atuação profissional, mas também de reaproximação do público para com a comunicação via áudio. É claro que há algumas diferenças entre o rádio e o podcast. Porém, cada um tem suas vantagens sobre outros meios: o rádio mantém a sua velocidade na informação, que pode ser ouvida em tempo real em qualquer lugar; e o podcast, pode ser ouvido sob demanda. É só escolher o conteúdo que quer ouvir e dar play.

O QUE DIZ O PÚBLICO

Pra tornar esse post mais interessante, resolvi ouvir um pouco a opinião de outros ouvintes de podcasts. Perguntei no grupo da minha faculdade se a galera ouvia podcasts, e fiquei surpresa em saber que tanta gente lá curte esse tipo de conteúdo. O de longe mais comentado foi o Nerdcast, produzido pelo pessoal do Jovem Nerd (inclusive estou ouvindo um episódio deles enquanto escrevo esse post, sobre a série Black Mirror). Mas também conheci alguns novos podcasts em meio aos comentários do pessoal, como o Mamilos, que traz temas relevantes sobre e para mulheres, e o 45 minutos, que é produzido pelo pessoal do jornal Diário de Pernambuco e fala sobre futebol. 
Também conversei com o pessoal da faculdade sobre quando eles costumam ouvir podcasts. No meu caso, ouço muito quando estou lavando o cabelo ou fazendo faxina. A maioria das pessoas me contou que ouve quando está no ônibus ou a caminho de algum lugar, mas teve relatos de gente que escuta enquanto pinta o cabelo ou mesmo nas horas mais chatas do trabalho.
Conversando com esse público ouvinte de podcasts, pude sentir ainda mais a versatilidade que esse meio tem. Dá pra encontrar podcasts sobre diversas temáticas e que agradem os mais diversos públicos, além de possibilitar acesso ao conteúdo em qualquer lugar.


E você, ouve podcasts? O que acha desse tipo de conteúdo? Me conta nos comentários sobre a sua experiência com eles, e compartilha a sua opinião sobre os podcasts serem o futuro do radialismo.

Em breve pretendo falar mais sobre essa temática por aqui! 

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